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Luís da Câmara Cascudo foi o principal responsável por tornar conhecidas figuras fantásticas do folclore brasileiro: saci-pererê, curupira, mula-sem-cabeça e outros personagens.
Nascido em 1898, na cidade de Natal no Estado do Rio Grande do Norte, Luís era diferente dos garotos de sua idade. Ele passava a vida sentado: via figuras, lia livros, ouvia histórias e contemplava paisagens. Esse hábito acabou lhe despertando para o que veio a ser a matéria-prima de seu trabalho: o povo brasileiro.
Seu plano era conhecer a fundo o que era realmente nosso, coisa que não estava registrada nos livros e não era ensinada nas escolas. Queria saber as histórias de todas as coisas do campo e da cidade, queria conviver com os humildes, os sábios, os analfabetos; queria conhecer os mistérios, as assombrações.
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Luís da Câmara Cascudo se interessava por tudo, menos por matemática que considerava sua inimiga. Aprendeu a ler em vários idiomas por esforço próprio: inglês, francês, alemão, italiano, espanhol, grego e latim.
O caderninho de notas, que inicialmente servia para facilitar o trabalho, se transformou no mais legítimo registro da cultura popular brasileira: o Dicionário do Folclore. E foi assim, de anotação em anotação, que esse homem deixou uma vasta obra para o povo brasileiro. O assunto? O próprio povo e seus costumes.